É possível continuar administrando o próprio dinheiro? - CENTRO GERIÁTRICO CRISTO REI
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Série: Saiba mais sobre Alzheimer
É possível continuar administrando o próprio dinheiro?

É possível continuar administrando o próprio dinheiro?

SÉRIE: SAIBA MAIS SOBRE ALZHEIMER

É POSSÍVEL CONTINUAR ADMINISTRANDO O PRÓPRIO DINHEIRO?

Com as mudanças na expectativa sobre o envelhecimento, muitas pessoas continuam gerindo as próprias finanças e muitas continuam trabalhando e tomando decisões que implicam em importante responsabilidade financeira. O controle das finanças exige não apenas memória, mas também capacidade para avaliar alternativas, tomar decisões e prever suas consequências e implementá-las. Essas capacidades, que em conjunto recebem o nome de “função executiva”, estão afetadas precocemente na doença de Alzheimer, e muitas vezes é necessário decidir se alguém com a doença de Alzheimer pode continuar administrando o próprio dinheiro. Evidências de que falhas estão ocorrendo nessa área são compras desnecessárias acontecendo constantemente, decisões desastrosas, contas desequilibradas. Esta é uma área difícil de abordar, porque a tentativa de ajudar pode ser interpretada como intromissão ou, pior ainda, como tentativa de apossar-se de recursos financeiros. A menos que haja erros gritantes, falhas nessa área só serão percebidas com observação atenta.

 

Existem escalas, raramente utilizadas, que permitem avaliar a capacidade de perceber opções e tomar decisões. Alternativamente, a observação de determinados padrões pode ajudar a perceber falhas nesta área. Determinar a competência para decisões financeiras é importante porque, ainda que posteriormente a mesma seja demonstrada, dificilmente é possível anular decisões anteriores à determinação legal de incapacidade. Infelizmente não é raro que as pessoas inescrupulosas, percebendo as dificuldades, se aproveitem para obter vantagens financeiras. Quando não há segurança sobre a competência para gerir finanças, deve ser oferecida ajuda à pessoa com doença de Alzheimer. Algumas atitudes podem facilitar essa ajuda.

 

Uma vez que se decida que a supervisão nas finanças é necessária, de comum acordo entre família e paciente, deve ser escolhido um ou no máximo dois supervisores – muitas pessoas cuidando do mesmo assunto não é a situação ideal, porque isso pode confundir a pessoa com doença de Alzheimer. Finanças sempre são um assunto delicado e, nesta etapa, a conversa deve ser franca, deixando claro, por exemplo, até onde vai a autonomia do supervisor sem necessidade de reportar-se aos outros membros da família e como deverá ser feita a prestação de contas. Algumas vezes a incapacidade para gerir plenamente as finanças pode levar a que um sócio ou um ou mais membros da família se aproveitem da situação em prejuízo do paciente.

 

De um modo geral, a solução é a declaração legal de incapacidade para gerir o próprio dinheiro e tomar decisões a esse respeito. Isto é feito através de petição encaminhada por um advogado a um juiz, que normalmente requer uma avaliação do estado mental para determinar o nível de competência. Em geral esta avaliação é feita por um perito oficial, mas, caso persistam dúvidas, tanto o juiz quanto o advogado podem solicitar informações adicionais dos profissionais de saúde que acompanham o paciente. Este é um processo que pode ser constrangedor e penoso para o paciente, mas algumas vezes inevitável.

 

O Centro Geriátrico Cristo Rei tem vasto conhecimento na assistência a pessoas com doença de Alzheimer e outras demências. Há mais de 30 anos, oferecemos apoio e contribuímos para a superação de dificuldades enfrentadas desde o momento do diagnóstico até as etapas mais avançadas da doença.  Venha nos conhecer!

 

Informações retiradas do Manual do Cuidador – Doença de Alzheimer na fase leve, escrito pelo Dr. Paulo H. F. Bertolucci.

15 / Jul / 2019
Centro Geriátrico Cristo Rei

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